quinta-feira, 3 de junho de 2010

E o Mac veio ao mundo

Alguns anos atrás (ou melhor, algumas décadas atrás) pensar em ter um computador dentro do seu quarto era a mesma coisa que pensar em ir à Lua hoje em dia. Em tempos que computadores não passavam de grandes caixotes com teclados cujas teclas eram maiores que cubos de gelo e na tela nada mais se via além do clássico fundo preto e linhas de códigos em verde, não era imaginável que um computador serviria para uso pessoal. Porém, no início da década de 80, essa linha de raciocínio tomou um rumo diferente com a chegada da interface gráfica, que proporcionava uma forma revolucionária de utilizar um computador. Desenvolvida inicialmente pela Xerox, a interface gráfica para computadores vingou mesmo nas máquinas da Apple mais tarde, depois de um amigável acordo entre a Apple e a Xerox. O Apple Lisa foi o primeiro a encarnar o protótipo, resultando em uma caixa beije e linda com o revolucionário mouse e uma interface gráfica encantadora, que virou sinônimo do novo seguimento dos sistemas operacionais dali em diante. Apesar de caro, o Lisa mudou completamente o destino dos computadores, pois agora era possível ter um computador pessoal. Esta linha de raciocínio renascentista permitiu que os desenvolvedores e engenheiros projetassem máquinas com menor número de placas e peças, tornando o equipamento mais barato, tanto para sua fabricação, como para o consumidor final (apesar do Lisa e os primeiros modelos de Mac custarem por volta de US$ 2,500,00). Apesar de apresentado nos anos 80, o projeto do Macintosh é bastante antigo. Em 1954, Jef Van Dam teve a idéia de criar um computador pessoal, que fosse pequeno e fácil de usar. Claro, na época isso era um absurdo. Mas em 1967, Jef foi apresentado a equipe do Apple Lisa e teve a oportunidade de apresentar seu projeto. E foi contratado pela Apple no mesmo ano. Inspirado em um tipo de maçã, denominada “McIntosh” (eis a origem do nome), o projeto do Mac foi finalmente concluído e apresentado no início dos anos 80. Sua configuração continha um lento processador 6805E da Motorola, 64kb de memória principal e um monitor capaz de exibir imagens em preto e branco, numa resolução de 256 x 256 pixels. Mais tarde recebeu configurações melhores, e com menos componentes internos, deixando assim sua fabricação mais barata. O projeto foi tão brilhante que Steve Jobs resolveu investir na idéia, aprimorando o equipamento com mais memória e outros componentes. O Macintosh rodava o System 1. Somente mais tarde (bem mais tarde) na década de 90, o Mac recebeu o chip PowerPC, resultado da aliança entre Apple, IBM e Motorola. O problema é que havia incompatibilidade, a migração de software para o PowerPC foi dali em diante, sem que os softwares antigos fossem reescritos para rodar na plataforma com o novo processador. Jobs resolveu parte do problema utilizando emuladores, mas eram lentos demais. Na mesma época, surgiu o Mac OS, substituto do antigo e obsoleto System.

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