domingo, 8 de agosto de 2010

Acontece.

Você vive hoje num mundo cortado em dois, queira ou não. E eu não estou falando do mundo não-globalizado, mas sim da realidade virtual contra realidade que por ventura podemos chamar de sólida. Aquilo que para seu avô era distante da realidade, hoje é natural pra você, e vice-versa em alguns casos.
Estamos hoje vivendo uma preocupação social interessada nos bens naturais, tais como água e área verde do planeta, o que rende assuntos para discussão projetados em um leque com lâminas infinitas. E mais uma vez dividido em dois: aqueles que de fato acreditam e, por boa vontade ajudam e pensam em soluções para melhorias, e aqueles que sabem, se passam por preocupados e tenta achar um meio viável de obter lucro financeiro em cima de pesquisas que aparentam ser amigas do meio ambiente.
Somos de direita, esquerda, ou até mesmo centrista, mas esses últimos compilam idéias que pendem mais para um de ambos os lados, o que corta o mundo em dois novamente. Alguma vez a União Soviética foi uma confusão? Ou era organização para fim de uma confusão econômica? Potencias mundiais estabelecidas ou pré estabelecidas? e hoje, com o fim dela tornou-se uma confusão maior ainda ou mais controlada? Nova ordem mundial funciona? talvez sim ou não, depende do ponto de vista, mas ela certamente tende a cair para um lado.
O lado interessante da coisa é que praticamente tudo se divide em dois. Mesmo quando se trata de exemplo. Exemplo de cidadania, por exemplo. Dá-se exemplo, se executa exemplo. Acho engraçados aqueles que criticam parvamente o próprio homem por poluir rios e mares, sendo que esta mesma pessoa na rua joga sua latinha de refrigerante em bueiros, ou lança um papel de salgadinho pela janela do carro. Ela pode não saber, mas xingou ela mesma!
Quem ri de índio em cena de apuros, mas que nunca se viu no espelho diante de uma situação desesperadora. Ou pior quem põe fogo em um como se fosse um objeto.
Criticar e não aceitar críticas. Os prós e contras de atitudes moral que perturbam a mente de milhares de cidadãos, dignos ou não. A plena vontade de dominar o uso de outra língua, ou não conseguir pronunciar sua própria língua, por culpa de inúmeros motivos. Engraçado é essa pessoa rir de quem bem domina. A crônica de saber o que é certo e o que é errado. Quem hoje sabe o que é certo e errado? Dois extremos novamente, que divide o mundo e a mente em dois planos.
O choque, o colapso, a vontade infantil de consumismo, o poder da propaganda a ponto de deixar as pessoas com fome, com vontade, de desenvolver uma ira interna querendo, querendo, querendo tudo aquilo que é visto diante da televisão.
Falso patriotismo. Quem de uma nação pertence, com desejo de pertencer à outra, pelo intuito de otimizar sua situação cultural, em busca daquilo que lhe aparenta melhor, tornando-se independentemente intelectual sendo considerado cidadão da dita cuja nação. Infelizes sejam, com seu local natal, talvez por ventura falta de aprendizado, ou ausência de ensinamento político aplicado em sua carreira educacional. Sim, estou falando do Brasil. Aqueles que sofrem por não ter um lar, não ter o que comer não ter nenhuma estabilidade social/econômica. Aqueles que sofrem por ter um lar, mas prestes a perder. Aqueles que sofrem por não ter dinheiro para comprar um carro novo. Aqueles que sofrem pela morte de um querido. Todos sofrem de um jeito ou de outro. E há também aqueles que ficam felizes por ganhar na loteria, por encontrar o amor da sua vida, por passar num vestibular, ganhar um carro ou um presente desejado. Há aqueles que ficam felizes justamente por ser feliz, sem dar conta do que tem ou daquilo que não tem que não reclama de nada, e agradece o pouco que tem. Aqueles que choram por tristeza ou por alegria, que choram por vontade de chorar, que choram por machucados causados por palavras poderosas.
Aqueles que choram para conseguir o que quer aqueles que choram por gostar de chorar. Estamos falando daqueles… E estes? Cadê a divisão mundial? Há aqueles e estes, elas e eles, eu, tu ele, singular e plural, consta-se na regra gramatical. Neste mundo “estes” não existem. O homem deu um jeito de chamar aqueles de estes, apenas mudando regras linguísticas.
Um navio afunda, um avião cai, carros colidem, se explodem, viram pó. A natureza constrói e destrói, facilita e dificulta. Não sabemos nada a toa. O propósito de tudo pode ser o óbvio ou o complexo. As coisas só são fáceis quando seu inconsciente está preparado pra isso. Elas são difíceis para que você desenvolva algo, mesmo que isso possa impor decisões que levam a alterar alguma rotina ou costume seu. A divisão é dupla. O cérebro, conhecido por duas partes.
É, isso acontece.

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