Você vive hoje num mundo cortado em dois, queira ou não. E eu não
estou falando do mundo não-globalizado, mas sim da realidade virtual
contra realidade que por ventura podemos chamar de sólida. Aquilo que
para seu avô era distante da realidade, hoje é natural pra você, e
vice-versa em alguns casos.
Estamos hoje vivendo uma preocupação
social interessada nos bens naturais, tais como água e área verde do
planeta, o que rende assuntos para discussão projetados em um leque com
lâminas infinitas. E mais uma vez dividido em dois: aqueles que de fato
acreditam e, por boa vontade ajudam e pensam em soluções para melhorias,
e aqueles que sabem, se passam por preocupados e tenta achar um meio
viável de obter lucro financeiro em cima de pesquisas que aparentam ser
amigas do meio ambiente.
Somos de direita, esquerda, ou até mesmo
centrista, mas esses últimos compilam idéias que pendem mais para um de
ambos os lados, o que corta o mundo em dois novamente. Alguma vez a
União Soviética foi uma confusão? Ou era organização para fim de uma
confusão econômica? Potencias mundiais estabelecidas ou pré
estabelecidas? e hoje, com o fim dela tornou-se uma confusão maior ainda
ou mais controlada? Nova ordem mundial funciona? talvez sim ou não,
depende do ponto de vista, mas ela certamente tende a cair para um lado.
O
lado interessante da coisa é que praticamente tudo se divide em dois.
Mesmo quando se trata de exemplo. Exemplo de cidadania, por exemplo.
Dá-se exemplo, se executa exemplo. Acho engraçados aqueles que criticam
parvamente o próprio homem por poluir rios e mares, sendo que esta mesma
pessoa na rua joga sua latinha de refrigerante em bueiros, ou lança um
papel de salgadinho pela janela do carro. Ela pode não saber, mas xingou
ela mesma!
Quem ri de índio em cena de apuros, mas que nunca se viu
no espelho diante de uma situação desesperadora. Ou pior quem põe fogo
em um como se fosse um objeto.
Criticar e não aceitar críticas. Os
prós e contras de atitudes moral que perturbam a mente de milhares de
cidadãos, dignos ou não. A plena vontade de dominar o uso de outra
língua, ou não conseguir pronunciar sua própria língua, por culpa de
inúmeros motivos. Engraçado é essa pessoa rir de quem bem domina. A
crônica de saber o que é certo e o que é errado. Quem hoje sabe o que é
certo e errado? Dois extremos novamente, que divide o mundo e a mente em
dois planos.
O choque, o colapso, a vontade infantil de consumismo, o
poder da propaganda a ponto de deixar as pessoas com fome, com vontade,
de desenvolver uma ira interna querendo, querendo, querendo tudo aquilo
que é visto diante da televisão.
Falso patriotismo. Quem de uma
nação pertence, com desejo de pertencer à outra, pelo intuito de
otimizar sua situação cultural, em busca daquilo que lhe aparenta
melhor, tornando-se independentemente intelectual sendo considerado
cidadão da dita cuja nação. Infelizes sejam, com seu local natal, talvez
por ventura falta de aprendizado, ou ausência de ensinamento político
aplicado em sua carreira educacional. Sim, estou falando do Brasil.
Aqueles que sofrem por não ter um lar, não ter o que comer não ter
nenhuma estabilidade social/econômica. Aqueles que sofrem por ter um
lar, mas prestes a perder. Aqueles que sofrem por não ter dinheiro para
comprar um carro novo. Aqueles que sofrem pela morte de um querido.
Todos sofrem de um jeito ou de outro. E há também aqueles que ficam
felizes por ganhar na loteria, por encontrar o amor da sua vida, por
passar num vestibular, ganhar um carro ou um presente desejado. Há
aqueles que ficam felizes justamente por ser feliz, sem dar conta do que
tem ou daquilo que não tem que não reclama de nada, e agradece o pouco
que tem. Aqueles que choram por tristeza ou por alegria, que choram por
vontade de chorar, que choram por machucados causados por palavras
poderosas.
Aqueles que choram para conseguir o que quer aqueles que
choram por gostar de chorar. Estamos falando daqueles… E estes? Cadê a
divisão mundial? Há aqueles e estes, elas e eles, eu, tu ele, singular e
plural, consta-se na regra gramatical. Neste mundo “estes” não existem.
O homem deu um jeito de chamar aqueles de estes, apenas mudando regras
linguísticas.
Um navio afunda, um avião cai, carros colidem, se
explodem, viram pó. A natureza constrói e destrói, facilita e dificulta.
Não sabemos nada a toa. O propósito de tudo pode ser o óbvio ou o
complexo. As coisas só são fáceis quando seu inconsciente está preparado
pra isso. Elas são difíceis para que você desenvolva algo, mesmo que
isso possa impor decisões que levam a alterar alguma rotina ou costume
seu. A divisão é dupla. O cérebro, conhecido por duas partes.
É, isso acontece.
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